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O planeamento para escrever dois livros (ficção e não ficção)

Quero publicar livros todos os anos, sem a pressão de os publicar. A escrita dos livros vão fluir naturalmente e quando chegar o momento, os livros serão publicados. O poder da liberdade da auto-publicação não tem preço. Se ao longo do processo, não sentir vontade de publicar os livros, não publicarei. Ficarão na gaveta, recomeçarei outra história.

Estou a escrever dois livros há cerca de dois ou três meses. Um romance e outro de não ficção. São livros muito distintos, água e azeite. Quero experimentar escrever livros diferentes. Sinto vontade de partilhar várias histórias com os meus leitores. Sinceramente, não estou muito satisfeita com o caminho do romance e já pensei apagar tudo e começar do zero. Quanto ao livro de não ficção, está a correr melhor.


Quando nasce a ideia


A ideia pode nascer de qualquer coisa. O meu pequeno conto "O Dia em Que Deixei de Falar com a Minha Avó" nasceu de um episódio particular da minha vida. Aconteceu o mesmo com o romance "Esta Noite branca", foi escrito pela necessidade de partilhar a minha experiência em relação à separação e guarda partilhada. O eBook O Grande Livro das Listas Literárias foi publicado por causa da minha paixão pelas listas literárias.

Os meus próximos livros nasceram de formas diferentes. Uma história, uma notícia ou um pensamento. As melhores ideias nascem debaixo de água ou antes de adormecer, não concordas? Numa viagem ou durante uma conversa. Temos de estar atentos. O ideal é que as ideias sejam anotadas para não serem esquecidas.


A organização dos livros

Tenho duas pastas no Notion, cada uma com o título do livro. Pois é, já tenho os títulos definidos! Escrevo um tema para cada capítulo e anoto tudo no Notion. Normalmente defino o número de páginas do livro e os temas antes de começar a escrever. Não faço de forma minuciosa porque adoro ver o improviso da criatividade.

Quando começo um livro novo, abro uma pasta no Notion com o título do livro. Dentro dessa pasta, crio várias pastas para a estrutura, ambientação, personagens e imagens. Em cada capítulo escrevo o que vou desenvolver e anoto os pormenores de cada cena para não me esquecer e existir coerência nos capítulos seguintes.


Alguns exemplos


Para livros de não ficção:

Capítulo 1: pequena bio. Capítulo 2: ferramentas para escritores. Capítulo 3: como escolher os leitores beta.

Para livros de ficção:

Prólogo. Capítulo 1: Miguel vai até à escola para dar aulas de inglês e conhece a colega nova. Ele leva a mota, está vestido de preto, tem tatuagem no braço esquerdo. Capítulo: A colega nova precisa de ajuda e o Miguel oferece-lhe a sua casa. A casa dele fica na rua X, tem duas divisões, tem um gato chamado Y.


O momento da escrita


Gosto de escrever conforme a minha vontade. Se me apetece muito desenvolver uma cena romântica, aproveitando as minhas emoções afloradas, sento-me e desenvolvo a cena que imaginei. Mesmo que seja o capítulo 10 e fiquem capítulos por escrever, pelo meio.

Desligo tudo e foco-me totalmente nas personagens ou no tema do livro. Tenho um temporizador de areia que marca 60 minutos. No entanto, eu costumo fazer uma pequena pausa pelo meio para não estar tanto tempo sentada.

Uso a música a meu favor. Adoro escrever com música as cenas tristes. Gosto do silêncio quando escrevo o meu livro de não ficção.


A pesquisa dos livros


Esta é uma das minhas partes preferidas. Adoro fazer a pesquisa dos meus livros. Também tenho uma pasta só para inserir as informações e os livros e os artigos que vou precisar de ler para a pesquisa. Eu estou a escrever um livro com inspiração numa das minhas escritoras preferidas, precisei de ver os filmes e li algumas cenas para inspirar-me. Neste momento, o desenvolvimento da pesquisa deste romance está em pausa, mas quando estiver em andamento a pasta será um guia bastante completo.


Não ficção e ficção


Escrever ficção e não ficção é bastante diferente.

Escrever ficção vai beber da imaginação do autor. É criado um mundo imaginário e personagens fictícias. Os livros de não ficção baseia-se em factos reais.

Os objetivos dos dois é distinta, a ficção tem como objetivo entreter, explorar temas e emoções. As estruturas e a comunicação da não ficção é mais clara e direta. Aborda questões reais e factuais. É muito diferente a experiência, mas é igualmente maravilhosa. Escrever ficção significa apaixonar-nos pelas nossas personagens e chorarmos com eles.


Escrever dois livros é exigente. No entanto, pode ser produtivo aproveitares a tua energia e inspiração para cada projeto. Acho que é excelente para quem tem várias ideias e gosta de progredir ao seu ritmo.


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Cláudia Benedy

Empreendedora. Autora de romances. Viciada em bibliotecas e livrarias. Nasceu em 1985, em Vila Franca de Xira. Vive em Alenquer, mãe de quatro filhos. 

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