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Decidi criar os meus projetos depois de ser mãe. Nunca deixei de ler os meus livros e desenvolver a minha criatividade.

Leitura e maternidade


É com alegria que vejo outras mulheres a procurar a sua alegria na literatura. Quando recebo estas mensagens, o meu coração fica feliz por ter ajudado mais uma mulher a criar o hábito da leitura.

A maternidade nunca anulou os meus sonhos ou paixões. Pelo contrário, incentivou-me a procurar novas conquistas e a dar valor a cada paixão.

Com o nascimento dos meus filhos, senti uma sede enorme de conhecimento. A necessidade de uma vida melhor fez-me procurar novas fontes de rendimento. Fez-me continuar a dedicar tempo às minhas paixões e a não estagnar. E por consequência, a explorar novas formas de organização.

Aos longos dos últimos anos, aproveitei cada sala de espera, nas consultas, para meter a leitura em dia.

Aproveitei os momentos de amamentação para criar laços com os meus filhos e ler mais um bocadinho no meu Kobo.

Maternidade, falta de dinheiro e cansaço


Fui mãe pela primeira vez em 2014. Na altura, dedicava-me ao canal do Youtube (desde 2012) com muito entusiasmo e estudava à noite. Trabalhava no escritório das 8:00 - 17:00. Lia imenso e escrevia muito.

Desenvolvia várias ideias. Começava a ter as primeiras parcerias. Com medo de não ter tempo, comecei a procurar formas de organizar-me pessoalmente, profissionalmente e financeiramente.

Em 2016, com o nascimento da segunda filha, precisei de trabalhar como empregada de limpeza depois de sair do escritório, para ganhar mais alguns euros. Os dias foram vividos com alguma ansiedade e preocupações devido à falta de dinheiro. O dinheiro não chegava até ao fim do mês. Até que li alguns livros e descobri o poder da organização e a criação de produtos digitais. Nasce nessa altura, o meu gosto pelo marketing digital.

Em 2018, depois do nascimento das gémeas, lancei a minha primeira mentoria para bloggers. Cobrava 20€, tal era o desespero (e a parvoíce). Andava exausta, com olheiras até aos joelhos. Numa correria imensa, com dores no corpo. O dinheiro que ganhava com a mentoria, gastava em massagens ou fisioterapia.

Tive a minha primeira reunião com uma editora e fiz os primeiros trabalhos remunerados como social media. Foi o primeiro trabalho remunerado após vários anos de dedicação com os projetos literários.

Em 2019, criei o Ama Organização. Lancei a primeira Box em Portugal com Bullet Journal. Esgotaram todas! Depois do verão, lancei um curso de organização com Bullet Journal, gravado durante as férias.

Meti o meu conhecimento em prática e ajudei várias mulheres a conhecer o método Bullet Journal, através do meu primeiro curso digital. Foi um sucesso! Lancei a primeira mentoria para ajudar outras mulheres a organizarem-se. Vendi muito pouco.

Ainda em 2019, lancei os meus primeiros produtos, estojos para usar nos cadernos. Vendi todos, mas investi muito pouco. A costureira era lenta na entrega dos trabalhos. Comecei a perder o interesse pelo projeto. Quando os meus negócios dependem dos outros, fico desmotivada.

Logo depois, nasceram os meus serviços de revisão de texto, divulgação literária e leitura beta. Fiz vários trabalhos para editoras, autores e estava muito feliz com o meu trabalho, mas estava a descansar pouco.

Sonhava com a publicação do meu primeiro livro e comecei a escrever. Estávamos em 2020, criei um clube de escrita. Comecei a ser mais seletiva nos trabalhos que aceitava e com as parcerias literárias.

Foi um separador de águas para perceber o que não queria fazer na internet.

Antes do covid, andei a ver espaços para abrir a minha livraria. Nessa altura, li o livro Startup e decidi abrir o meu primeiro negócio fora do digital. Comecei a juntar dinheiro e a estruturar os planos. Falei com fornecedores, contabilidade e proprietários. Depois, fomos todos para casa. Partilhei essa ideia com os meus seguidores que logo me incentivaram a abrir uma livraria online.

Em 2020, nasceu a ideia. Em 2021, nasceu a minha livraria com caixas temáticas e serviço de livreira.

Aprendi e investi imenso. Cometi vários erros. Aprendi bastante. Percebi que não queria ter uma livraria como negócio. Existem determinadas coisas que não pretendo voltar a aceitar. Também lancei o meu primeiro eBook na Amazon e no site da Kobo.

Voltei para o digital. Voltei a estudar muito e a desenvolver as minhas ideias.

Para desenvolver todos estes projetos, criei um método prático e simples: o método CB. É com a ajuda de um caderno que eu desenvolvo a criatividade, faço toda a estrutura das minhas ideias, desde o nome ao objetivo. Todas as semanas separo um bocadinho do meu tempo para definir os próximos passos.

Este ano, acordei a veia empreendedora. Decidi publicar um novo livro (em papel), criar novos cursos e desenvolver este site. Abri a Boutique Dark Academia e desenvolvi a ideia. Criei o podcast. Estou muito feliz com tudo o que já fiz em dois meses. Tenho estudo imenso, lido muito e escrito ainda mais.

Quero inspirar outras mulheres a desenvolverem os seus projetos, sem medo. Não deixem de sonhar e percorrer os vossos sonhos!

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Cláudia Benedy

É autora de romances. Viciada em bibliotecas e livrarias. Nasceu em 1985, em Vila Franca de Xira. Vive em Alenquer, mãe de quatro filhos. 

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